Ta ligado no que é o vale cultura? É um benefício cujo projeto já foi aprovado pela câmara, tramitou pelo senado e voltou este mês para redação final do relator do projeto, no qual o funcionário que ganha até 5 salários mínimos (hoje em R$ 2.550,00) contribui com 10% do valor e os outros 90% ficam a cargo da empresa que pode abater este gasto em até 1% do seu imposto de renda. Passando de 5 salários o empregado aumenta sua taxa de contribuição. O valor do vale será de 50,00 reais creditados num cartão magnético que poderá ser utilizado no “consumo de produtos culturais” tais como livros, cinema, DVDs, exposições, shows, teatro... O IBGE projeta que 12 milhões de brasileiros se beneficiarão deste pequeno “mimo” que vai impulsionar a produção cultural no país.
Dia desses troquei uma idéia com a simpática, receptiva e tchuc-tchuc deputada federal Manuela D´Avila defensora do projeto, que me justificou mas não convenceu sobre o caráter benéfico do vale cultura. Concordo que a cultura deve ser disseminada por todo país, e disponibilizada para todas as classes sociais. Mas não concordo com o caráter assistencialista do projeto e nem com a finalidade com que fatidicamente (espero estar enganado) vai acabar tendo. Será que ao invés de propiciar a compra do DVD original de “A Ninfeta e o Jumento”, do show do Luan Santana, ou de demais subversões culturais não seria melhor baixarmos ou isentarmos o valor dos impostos, ou então investir em projetos culturais que possam ser disseminados de forma gratuita a toda população? Através de mais este projeto assistencialista o governo acaba deturpando uma obrigação contraída perante o cidadão brasileiro, e criando vínculos cujas raízes profundas nos deixam eternamente escravizados.
Hay que endurecer pero sin viagra jamás!
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